Querido gatinho...
Feliz gatinho que quando nasceste eras tão ingénuo, tão inocente e tão puro...
Que brincavas despreocupado no colo da tua mãe, onde nessa altura não parecia haver ontem nem amanhã... Onde o único desejo que tinhas era que não te deitassem cedo para poderes ficar acordado mais um pouco...
Onde foi parar essa pureza, essa simplicidade e ingenuidade, que à medida que foste crescendo parece ter desaparecido ?
Que mistério é este que te faz nascer assim e que a pouco e pouco te revela - e ao mesmo tempo parece que tolda - toda a luz que havia ou há em ti, ao ponto de praticamente já nem a conseguires vislumbrar ?
Tu gatinho, que tanto te identificas com Jesus e que tanto falas na Sua Luz, dás depois contigo a ser agressivo e egoísta para com os outros. Quando eras pequenino não eras assim...
Quando olho para a tua face, de quando eras bébé, correm-me lágrimas sem fim perante tanta inocência, tanta fragilidade, tanto não querer mal a ninguém... tanta ternura.
O que aconteceu ? Parece que quanto mais ter esforças por te conteres, por não seres agressivo, por tentares ter uma vida em paz, pior é... Querido e lindo gatinho... Desejo-te tanta sorte, tanta Luz e tanto bem...
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