Manhã cedo na floresta...
O frio contorna-me os braços e as costas,
As últimas gotas de orvalho brilham ainda
ao romper dos raios de sol que aquecem agora as folhas verdes,
e o meu ser,
Fecho os olhos e ouço os sons da floresta,
pássaros lá bem em cima, na copa das árvores, a chilrear,
o vento a passar por entre os arbustos e na minha face,
o rugido de uma onça lá muito ao fundo.
Leva tempo mas o meu espírito começa
lentamente a deixar-se absorver por toda esta atmosfera.
E os meus sentidos ampliam-se
Sinto a onça a correr dentro de mim,
o vento a soprar nos meus ouvidos traz sons para além
do próprio vento em si,
Alguém diz que colibris saíam em jorros do meu peito nessa altura,
e então agradeço a Tudo quanto existe e o previlégio
de Lhe pertencer. E por tudo o que me tem sido oferecido.
Este é o meu pequeno tributo ao Santo Daime e ao Mestre
que me foi revelado através dele.
Que o Bem, que não exclui ninguém, nos guie para Sempre.
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