11 anos depois...
E aqui estou 11 anos após a minha última publicação. Lendo algumas coisas que escrevi anos atrás vejo que muitas delas sairam apenas da boca para fora, senão quase todas elas. Bonitas sim , é verdade, poéticas talvez algumas.
Ouvindo e lendo J. Krishnamurti pode ver-se claramente como a mente nos facilmente engana. Como facilmente nos coloca num mundo de ilusão, em que cria bonitas imagens de serenidade, equilíbrio, calmaria, quando na realidade continuamos exatamente como eramos antes: instáveis, violentos, emotivos ao ponto do descontrole, egoístas. Mas também capazes de pequenos gestos de amor para com alguém, é verdade.
No entanto, muito muito pouco para que exista uma verdadeira mudança. Os velhos hábitos permanecem, a instabilidade mantém-se e o nosso afastamento do nosso Centro é a verdadeira realidade nua e crua.
Não admira que sejamos infelizes, que vivamos vidas enfadonhas, sem alegria. Felizmente temos os amigos pois aí sim, estamos felizes e contentes por estar ao pé deles.
Mas quando voltamos a estar sozinhos a solidão regressa, a tristeza e o aborrecimento de uma vida sem Luz volta-se a notar, pois é essa a verdadeira realidade da nossa vida. Até que um dia, como dizia Krishnamurti, exista uma mudança radical e fundamental na nossa vida. E a única pessoa no planeta inteiro que pode operar essa mudança somos nós próprios.